Em um momento ela estava ali, no outro ela já havia sumido. Ela costumava se esconder na planície ventosa no fundo do abismo que a separava de minha sanidade.
Ainda podia vê-la, rodando sua saia com seus cabelos misturando-se à noite, seu corpo à deriva como tudo à sua volta.
Eu queria gritar seu nome, mas eu já não lembrava mais dele, e os que me ocorriam soavam etéreos demais para ela que mesmo tão longe era tão real.
Ela ainda estava rodando sua saia quando choveu. E mesmo com o cabelo em seu rosto e as roupas pesadas, ela continuou dançando.
Sorri ao notar que não devia chamá-la. Pois sua vida sempre foi à deriva e sempre seria. Era ali onde ela pertencia, onde o vento nunca pararia de soprar.
“And so it is just like you said it should be we both forget the breeze most of the time.”
UAU!
ResponderExcluirSimplesmente amei! A música e o poema, combinaram muito!
Amei³